A ginecomastia é uma condição caracterizada pelo crescimento de uma ou ambas as mamas no homem. Quando ocorre nas duas, o aumento de volume costuma ser desigual.
As principais consequências dessa condição estão diretamente associadas à questões estéticas, já que o crescimento é visível e muitos homens ficam incomodados com o tamanho das mamas. A ginecomastia não é contagiosa, porém é relativamente comum, chegando atingir 30% dos homens no mundo.
Sintomas da ginecomastia
A lista de sintomas é reduzida e os sinais dessa condição são simples de serem identificados pelo paciente, que tende apresentar:
- Crescimento anormal das mamas;
- Acúmulo de gordura na mama;
- Coceiras frequentes na região;
- Sensibilidade e dor nas mamas;
- Surgimento de estrias, por conta do estiramento da pele;
- Galactorreia, que nada mais é do que a saída de um fluxo de leite, sintoma que ocorre em poucos casos.
Causas da ginecomastia
O surgimento da ginecomastia está associado a um desequilíbrio no metabolismo hormonal. Por isso essa condição pode atingir homens de qualquer idade, pois todos estão suscetíveis aos problemas hormonais.
Recém-nascidos, por exemplo, podem ter ginecomastia, que ocorre por conta de uma reação ao estrogênio passado para o bebê durante o período de gestação. Em adolescentes o aumento da mama é bastante comum, afetando jovens a partir de 14 anos. Nesse caso a condição ocorre porque durante um determinado período o organismo produziu pouca testosterona e o estrogênio se tornou predominante, levando ao crescimento das mamas.
Já em adultos o aumento do volume das mamas está diretamente relacionado à queda da produção de testosterona pelo organismo, o que costuma ocorrer por volta dos 40 anos de idade.
Além de ser ativada por problemas hormonais naturais, a ginecomastia também pode ser causada por outros fatores externos que interferem nos níveis de hormônios, entre eles:
- Uso de hormônios esteroides anabolizantes, drogas psicoativas e álcool;
- Tratamentos hormonais e para câncer, especialmente a quimioterapia;
- Insuficiência renal, cirrose hepática e inanição;
- Desenvolvimento de doenças endócrinas, que estão associadas à produção de hormônios.
Graus de gravidade
A ginecomastia apresenta diferentes níveis de gravidade, que estão associadas ao tamanho da mama. São três os graus existentes:
- Grau I: quando o crescimento da mama é pequeno, deixando-a em formato de botão. Geralmente esse tecido acumulado é de fácil remoção.
- Grau II: caracteriza-se pela hipertrofia das glândulas mamárias, com maior acúmulo de gordura.
- Grau III: presença de gordura em maior quantidade, inclusive excesso de pele e certa flacidez, lembrando a mama feminina.
Prevenção da ginecomastia
A condição pode ser evitada de forma simples. Conheça a seguir como e coloque estas dicas em prática para não ter ginecomastia:
- Não faça uso de suplementos nutricionais com androstenediona, androstenediol ou qualquer outro esteroide anabolizante.
- Corte o uso de drogas psicoativas e o consumo de álcool;
- Insira em suas refeições diárias alimentos que estimulem a produção natural de testosterona pelo organismo. Passe a comer mais carne vermelha, ovos, frutas, legumes e verduras, como banana, brócolis e repolho.
Tratamento da ginecomastia
Quando surge em recém-nascidos, não há necessidade de tratamento, uma vez que a condição é naturalmente revertida pelo organismo em um período máximo de um ano.
Já em casos em que a ginecomastia surge por algum problema hormonal, como na adolescência e vida adulta, o tratamento costuma combinar medicamento e cirurgia plástica.
No que se refere ao medicamento, o profissional indica um antiestrógeno, que bloqueia a ação do estrogênio no organismo e inibe o crescimento das mamas, controlando a ginecomastia.
Caso o paciente se sinta incomodado com o tamanho das mamas e isso afete sua autoestima, a cirurgia plástica também é indicada. Para mamas pequenas, aquelas com pouca gordura, uma lipoaspiração resolve o caso.
Se a condição for diagnosticada como grau III, a mamoplastia redutora é indicada, já que permite remover mais gordura e excesso de pele, além da glândula mamaria.
É muito importante lembrar que medicamentos só devem ser tomados sob orientação de um profissional especialista, no caso um mastologista, urologista ou endocrinologista.
A automedicação é extremamente perigosa, uma vez que aumenta o risco de ingerir o medicamento em uma dose errada, gerando outros problemas de saúde mais graves. Se depois de realizar um tratamento medicamentoso também tiver interesse em fazer a cirurgia plástica, peça indicações de profissionais do ramo para seu médico.
Tome cuidado com o preço cobrado. Se for muito abaixo do que o pedido por outros profissionais do mercado, desconfie. O barato pode sair caro e o resultado da cirurgia pode não ficar tão bom.